quarta-feira, 19 de maio de 2010

A Faxina

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Um dia me dei conta de que, para continuar crescendo, era urgente iniciar uma faxina dentro de mim. Eu precisava de mais espaço aqui dentro e, no entanto, havia muitas lembranças inúteis e indesejáveis ocupando o lugar da alegria e dos sonhos. Um canto estava abarrotado de ilusões, papéis de presente que nunca usei, algumas mágoas, risos contidos e livros que nunca li. Espalhados por todos os lados haviam projetos de vida abortados e decepções. Abri o armário e joguei tudo no chão. Foram caindo: desejos reprimidos, olhares de crítica, palavras arrependidas, restos de paixão e ressentimentos estúpidos. Mas haviam coisas importantes no meio de tudo: um brilho de esperança, o amor maduro, algumas boas gargalhadas, momentos de ternura e paz, desafios e bastante amizade. Não havia dúvida, bastava jogar no lixo tudo que não servia mais para que eu continuasse crescendo. E depois, tratei de varrer todas as recordações empoeiradas, passei um pano nos ideais, pendurei os sentimentos nobres na paredes mais claras, guardei nas gavetas todas as boas lembranças, perfumei a criatividade e abri a porta para que o meu espaço fosse invadido por algo que estava faltando para o meu crescimento pessoal: a capacidade de recomeçar.

“Não importa o que fizeram com você.
O que importa é o que você faz,
Com aquilo que fizeram com você.“

(Jean Paul Sartre)
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